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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Na natureza, nada se cria e nada se perde. Tudo se transforma".

[A biomassa será um dos tipos de energia que mais vai se desenvolver nos próximos anos].

Quem não conhece essa frase tão profética do francês Antonie Lavoisier do  século XVIII?

Se alguns afirmam que a ocasião faz o ladrão, na falta de recursos a situação faz o ocasião.
A boa notícia é que  existe muito espaço para que a energia de biomassa cresça no Brasil, o setor deve receber 26 bilhões de dólares em investimentos até 2.040. Comemoremos!

A biomassa popularizou-se na Dinamarca por causa de um ambiciosa plano de redução de emissão de gases derivados. Até 2.035, o objetivo é que 100% da energia usada para aquecimento seja proveniente de biomassa.

Para que o Brasil siga os passos, ainda precisamos avançar muito, uma vez que o lixo não é seletivo. Dados do Banco Mundial mostram que, entre 2005 e 2025, a produção de lixo no Brasil deve crescer 50% - ante 25% da média mundial. Na Suécia, por exemplo, menos de 1% do lixo fica em aterro sanitário. Para nós brasileiros, falta mesmo é uma boa campanha de incentivo e um olhar , por parte dos governantes, mais caloroso para investimentos energéticos.

Na zona leste de São Paulo, uma usina instalada no aterro de São João, produz energia pata 400 mil habitantes a partir do biogás gerado no próprio aterro, que funcionou entre 1992 e 2007, recebendo na ocasião mais de 28 milhões de toneladas de resíduos em seus 80 hectares. Operada pela São João Energia Ambiental S/A e constituída por iniciativa das empresas Heleno e Fonseca, Arcadis Logos Engenharia e Van Der Wiel, a termoelétrica entrou em operação em 2008.

É sensacional ver que apenas 16 motores com 1,54 MW de capacidade, movimentam um gerador de energia. A produção varia de acordo com a captação de gás do aterro, a usina pode gerar em média 200.000 MWh/ano.

Do lixo pode, sim, sair meios de se conseguir a tão almejada sustentabilidade no Brasil. O lixo também pode ser transformado em arte, com experimentos, novas mídias e materiais, como o excelente trabalho do artista plástico brasileiro (radicado nos Estados Unidos), Vik Muniz. Quem não se lembra, da pintura de Sigmund Freud, feita com caqui podre?

O documentário "Lixo Extraordinário" sobre o trabalho de Vik Muniz, recebeu dois prêmios no Festival de Berlim em 2.010, nas categorias: Público na Mostra Panorama e Anistia Internacional.

É claro que a energia produzida pelo lixo, não exime a hidrelétrica , nem irá resolver diretamente os problemas no setor elétrico brasileiro, mas beneficia diretamente o meio ambiente.

Entendendo...

1º O lixo é depositado no aterro sanitário;
2º Um sistema extrai o gás metano; O gás percorre mangueiras espalhadas por toda a extensão do aterro;
3º  Tratamento. Os dutos recebem e filtram o gás.
4º Resfriamento. Limpo o gás é comprimido e resfriado;
5º Geradores. O metano é queimado dentro dos geradores que liberam a energia para um transformador, a eletricidade é jogada numa torre de transmissão. Depois distribuída.

Em relação à tarifa de custo,  mesmo em momento de crise, podemos acreditar na possibilidade de  negociação justa. Ainda que, o preço do biogás está acima de R$600,00  MW/h.

Uma preocupação pertinente é a escassez de áreas para novos aterros, um problema administrativo para as prefeituras.

Ainda que, aqui no Brasil, exploramos pouco dos modos eficientes de geração de energia elétrica esses tipos de energia são produzidos em diversos países.
Podemos ousar mais! Afinal tudo se transforma.










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