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terça-feira, 31 de maio de 2016

Ser ou não ser, eis a questão.
Há 400 anos morria William Shakespeare.



Coincidência ou não, após o surgimento do capitalismo é que Shakespeare é elevado superiormente aos contemporâneos, isto mais de 100 anos após a sua morte. Em 1872, Machado de Assis escreveu no prefácio do seu livro, Ressurreição, a ideia de que - ao escrever o seu primeiro romance era pôr em ação um pensamento de Shakespeare extraído de Medida por Medida. 

Maior dramaturgo de todos os tempos, William Shakespeare deixa seu legado para todas as gerações vindouras e sua consagrada obra transcende tempo e espaço. As obras geradas entre 1590 e 1613 são voltadas à dramas históricos, depois os clássicos como Hamlet, Rei Lear e Macbeth. Três anos antes de sua morte conclui seu ultimo trabalho, A Tempestade. 

Shakespeare não gostava de publicar suas peças antes, preferia que elas fosses representadas. 

Quando publicou os poemas Vênus e Adônis e o Rapto de Lucrécia, e mais de 150 sonetos, esses se tornaram extremamente famosos pelo aspecto de abordagem do amor, relacionamento afetivo, questões sociais, temas políticos, condição humana, enfim. Escreveu mais de 38 peças, que estão divididas entre tragédias, comédias e peças históricas. Suas obras trágicas contam com um elemento muito especial: os vilões. Cruéis e vingativos.

Se tratando de vilão, relembro três: Rei Claudius de Hamlet 
Iago de Otelo, personagem a obra que foi referência para Dom Casmurro, de Machado de Assis.
Aarão de Tito Andrônico.

A contribuição literária de Shakespeare é de infindável riqueza, soube como ninguém abordar os sentimentos universais da humanidade. A obra shakespereana é global.

Também costumava dizer que um bom escritor é aquele escreve todos os dias, seja o que for. Mas que também, só colocar as palavras no papel não é suficiente é preciso comunicar ideias com clareza e convicção.

Há quem diga que Shakespeare foi uma farsa, uma espécie de laranja e talvez nem tenha existido de fato. Contam até com a maldição na tumba do escritor onde está lavrado: " Livra-te, meu amigo, pelo amor de Jesus, de remexer na poeira encerrada aqui, Bendito, seja o que evitar estas pedras e maldito o que incomodar os meus ossos." 

O que vale mesmo não é a discussão da teoria e sim, a magnífica obra que perpetuou!

"Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes". 

(William Shakespeare)






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