Visitantes

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

A Filosofia da Felicidade 
Todos os mortais estão em busca da felicidade, 
um sinal de quem nenhum deles é feliz".
(Balthazar Gracian)



Para Aristóteles, a felicidade é uma atividade de acordo com o que há de melhor no homem. O homem, diferente de todos os outros seres vivos, é dotado de linguagem, e a atividade que há de melhor no homem deve ser realizada de acordo com a virtude. Logo um homem feliz é um homem virtuoso. Uma atividade da alma de acordo com o princípio racional, isto é, uma atividade de acordo com a virtude. A concepção Aristotélica diverge da concepção contemporânea, por exemplo, que considera a felicidade como: Paz de espírito, sucesso profissional, bens materiais, estado durável de emoções positivas, etc. 

O Cristianismo defende o amor como o elemento fundamental para se atingir a harmonia em todos os níveis, inclusive no nível da felicidade individual. Já no Catolicismo, São Tomás de Aquino, escreveu a felicidade como a visão da essência de Deus.

Jean-Jacques Rousseau defendeu que o ser humano era, originalmente, feliz, mas a civilização destruiu esse estado original de harmonia. Para se recuperar a felicidade original, a educação do ser humano deveria objetivar o retorno deste à sua simplicidade original.

Sócrates, deu um novo rumo à compreensão da ideia de felicidade, postulando que ela não se relacionava apenas à satisfação material do corpo, mas sim da satisfação da alma. A felicidade era o bem da alma que só podia ser atingido por meio de uma conduta virtuosa e justa.

As noções de virtude que integram uma vertente do pensamento filosófico é chamada de: Ética - que se dedica à investigação dos costumes -  visando a identificar os bons e os maus. Para Platão, a ética não estava limitada aos negócios privados, devendo ser posta em prática também nos negócios públicos. Desse modo, o filósofo entendia que a função do Estado era tornar os homens bons e felizes.

Epicuro sempre se empenhou nessa ideia pois, tinha como meta a felicidade do homem. O sábio deve saber suportar a dor, visto que logo essa acabará ou até mesmo as que duram por um tempo maior são suportáveis. A conquista do prazer e a supressão da dor se dão pela sabedoria que encontra um estado de satisfação interna. A virtude é alcançada através da inteligência, raciocínio, auto domínio e justiça. 

Os estudiosos da área, elaboraram uma pesquisa e  compararam imagens de ressonância magnética do cérebro de pessoas que responderam aos questionários sobre o estado emocional de cada uma. Cruzando as informações, eles concluíram que a felicidade acontece quando as emoções positivas se combinam com um senso de satisfação pessoal em uma área do cérebro conhecida com pré-cúneo, que é ligada á memória episódica, autorreflexão e consciência. Quem respondeu dizendo ser mais felizes nos diferentes aspectos de suas vidas têm mais massa cinzenta na região do pré-cúneo do que os demais.

O que eu quero dizer é que vivemos em uma sociedade capitalista, que a todo instante nos bombardeia para consumir produtos, coisas e serviços, que na maioria das vezes não precisamos. Felicidade não está em coisas e nem em pessoas. Para ser feliz não precisamos nos subestimar, nem tampouco depender da aprovação dos outros. Felicidade vai muito além disso, o estilo de vida nômade digital, embora seja muito sedutor, não é uma fórmula para uma vida feliz. Adaptar-se naquilo que não lhe faz bem não gera felicidade.Comprar e lucrar também não.

A felicidade está em ser aquilo que você é. Seja você mesmo porque todos os outros já existem. Nietzche, falou: "Viver é sofrer e sobreviver. É encontrar um significado no sofrimento".  Portanto, a felicidade não é perfeita para ninguém. E cada um pode ser feliz ao seu modo, sendo o que é, tendo uma ideia diferente do que é perfeito - o que por si só já mostra o quanto o perfeito é imperfeito.

Cada indivíduo pode ser feliz, de acordo com o que naquele momento o faz feliz. É como disse o professor e filósofo contemporâneo Mário Sérgio Cortella em entrevista, sendo a felicidade uma ocorrência eventual, logo ela não é um estado contínuo. 

"...Felicidade é uma vibração intensa o momento que eu sinto a vida em plenitude dentro de mim, e quero que aquilo se eternize. Felicidade é a capacidade de você ser inundado numa alegria imensa naquele instante, por aquela situação. Felicidade não é um estado continuo, é uma ocorrência eventual, por isso ela é sempre episodia. Você sentir a vida vibrando, seja num abraço ou na realização de uma obra. Felicidade não é marcada pela perenidade, isso é impossível. só temos noção de felicidade pela carência, se tivesse a felicidade como algo continuo nós não perceberíamos, nós só sentimos a felicidade porque ela não é continua". 

Afinal, o que é felicidade? Sem conceito e/ou definição. Felicidade é subjetivo e ser feliz é gostar de viver. 

Quem é incapaz de se alegrar com as coisas simples da vida, já está morto há muito tempo.

"Se eu encontrasse o gênio da lâmpada pediria a ele o desejo de estar vivo na hora da minha morte". (Dalai Lama)

Buscar incansavelmente a felicidade é apenas sobreviver, adaptar-se ao sofrimento. Ela não é contínua. É preciso olhar ao redor, resgatar boas lembranças, ouvir o canto dos passarinhos, sentir o ar puro da manhã, sentir o vento no rosto, assistir ao sol nascer, apreciar a sinfonia do galo a cantar, o relógio despertar,o cheiro do café...Só isto bastaria. Porque para ser feliz a felicidade tem que ser vista como realidade, retirando apenas as expectativas que criamos. 

Se você ouve o seu coração  mundo cabe na sua mão.(Abra para a Felicidade! -Di Ferrero, Pitty e Bill)



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Filme: As Faces de Helen
[Sobre a Depressão]


Quem assistiu entendeu a mensagem, pra quem não assistiu vale a pena assistir. Porém, não precisa ir muito longe basta olhar ao nosso redor e notar a zombaria da própria sociedade ou da burocracia estatal tornando-os prioridades só para aqueles que estão no poder, a nossa própria humanidade está derretendo. 



A psicologia social ajuda pensar novos caminhos para a concepção de um novo homem, sem dúvida a solidariedade ao próximo não pode faltar então chegamos no ponto crucial da história: A desumanização do humano. A sociedade hierarquiza as pessoas valendo-se de indicadores, principalmente econômicos, de modo que, quanto mais alto alguém esteja na piramide social, mais humano ele seja. E quanto mais baixo estiver menos humano é. Devemos estar atentos sim, pois é raro, a sociedade conseguir enxergar os problemas do seu próprio tempo. 

O filme, 'As faces de Helen' conta a história de uma professora de música, uma mulher bem sucedida tanto no trabalho como nos relacionamentos familiares. No inicio do filme Helen apresenta os sinais prelúdios depressivos que evoluem para um episódio grave com tentativa suicida desencadeada pelo uso de antidepressivo sem associação do estabilizador de humor. Durante o tratamento psiquiátrico seu esposo descobre que Helen já havia apresentado um episódio anterior. Porém, devido a dificuldade da personagem de lidar com a sua doenças, esta omitiu de seus familiares sua história anterior. A família de Helen tenta ajudá-la, mas ninguém é capaz de lidar com sua dor e compreender a profunda e debilitante depressão, que a coloca dentro do transtorno da bipolaridade. Considerado um filme sério com roteiro bem acurado em relação à patologia.

Muitos pacientes com episódios depressivos que tem um transtorno bipolar subjacente, porém não reconhecido, recebem tratamento farmacológico com esquemas ineficazes de antidepressivos sem associação de estabilizadores de humor. É importante ressaltar que a maioria das pessoas que sofrem de transtorno bipolar tem depressão. Esta é a mais intensa, persistente e perturbadora. Podemos haver diferentes combinações de sintomas de depressão, e estes podem vir acompanhados de sintomas de mania ou hipomania. 


Os sintomas mais comuns da depressão são: 


Além do estado deprimido (sentir-se deprimido a maior parte do tempo, quase todos os dias) e da anedonia (interesse e prazer diminuídos para realizar a maioria das atividades) são sintomas da depressão:

1) alteração de peso (perda ou ganho de peso não intencional); 2) distúrbio de sono (insônia ou sonolência excessiva praticamente diárias); 3) problemas psicomotores (agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias); 4) fadiga ou perda de energia constante; 5) culpa excessiva (sentimento permanente de culpa e inutilidade); 6) dificuldade de concentração (habilidade diminuída para pensar ou concentrar-se); 7) ideias suicidas (pensamentos recorrentes de suicídio ou morte); 8) baixa autoestima, 9) alteração da libido.

Muitas vezes, no início, os sinais da enfermidade podem não ser reconhecidos. No entanto, nunca devem ser desconsideradas possíveis referências a ideias suicidas ou de autodestruição.

Diagnóstico:

O diagnóstico da depressão é clínico e toma como base os sintomas descritos e a história de vida do paciente. Além de espírito deprimido e da perda de interesse e prazer para realizar a maioria das atividades durante pelo menos duas semanas, a pessoa deve apresentar também de quatro a cinco dos sintomas supracitados.

Como o estado depressivo pode ser um sintoma secundário a várias doenças, sempre é importante estabelecer o diagnóstico diferencial.

Tratamento:

Depressão é uma doença que exige acompanhamento médico sistemático. Quadros leves costumam responder bem ao tratamento psicoterápico. Nos outros mais graves e com reflexo negativo sobre a vida afetiva, familiar e profissional e em sociedade, a indicação é o uso de antidepressivos com o objetivo de tirar a pessoa da crise.

Recomendações:

A família dos portadores de depressão precisa manter-se informada sobre a doença, suas características, sintomas e riscos. É importante que ela ofereça um ponto de referência para certos padrões, como a importância da alimentação equilibrada, da higiene pessoal e da necessidade e importância de interagir com outras pessoas.


É interessante observar no filme que a intensidade dos sintomas aliada à demora em buscar o tratamento adequado podem prejudicar muito a vida de quem sofre com o transtorno. Além disso, o papel familiar retratado no filme remete à importância de ser oferecido o apoio necessário e a compreensão do quão sério pode ser um quadro como esse. O filme é dirigido por Sandra Nettelbeck, que se expressa de forma clara e objetiva, fazendo chegar até os telespectadores a mensagem certeira do sofrimento e suas consequências. 

Delírios e esquecimentos, ações que vão caminhar lado a lado com ela. è um drama rápido, onde as coisas acontecem nos momentos certos. A atriz conseguiu representar os sentimentos muito bem, de forma que, quem assistiu notou a relação de duas pessoas com depressão, uma que teve ajuda, recurso e encontrou apoio, visualizou o motivo que tinha para não desistir da vida, já a outra pessoa não entendia o que estava acontecendo, por isso tem um final diferente. O filme também mostra com clareza aqueles que querem ajudar mas não sabem como e o desespero daqueles que amam e ficam de mãos atadas.


As cores frias e o clima nublado do filme ajudaram a transmitir o sofrimento de Helen. A questão é suportar ou não o limite da depressão? Provocação que fez com que a diretora aproximasse Helen e Matilda. Retratando de um extremo ao outro, vivendo como se estivesse bem, mudando os rumos, as opções, a própria, em desespero profundo em busca de satisfação e/ou algum sentido para estar ali.


Frases impactantes filosóficas e reflexivas do filme:

"...Lembro de ter a sensação de que a realidade é fina. Eu acho que é fina como o gelo de um lago após esquentar, e preenchemos a nossa vida com ruídos, luz, movimentos, para esconder a finura de nós mesmos."

Esposo: "Mas como é que não percebi isso".

Médico: "Não é comum, alguns escondem muito bem. Devia ver os atores que temos na ala do suicídio."

Médico: "Ela não é infeliz é doente".

"As cinco melhores formas de se matar?"

"As cinco melhores formas de se viver?"

Helen: "Não posso voltar. Porquê? Eu continuo vendo todos a minha volta, mas é como se eu não fizesse mais parte". 

Helen: "As vezes ainda sinto como seu eu não fosse aguentar mais, mas sou grata por ainda estar viva". 

Esposo: "Não sabe o que é viver com a sombra da mulher que você ama".

É emociante ver como, em certos momentos, transmitir os sentimentos causados pela depressão (por parte de quem sofre para quem não sofre) parece impossível. Isso é contornado pela amizade de Helen e Matilda. Uma das partes que mais me chamou atenção, foi a conversa entre as duas após a tentativa fracassada de Helen de dar aula na universidade. Sem dúvida é uma cena filosófica, que demonstra a ineficácia dos conselhos vazios, dados por pessoas vazias (Matilda) que acham que depressão é apenas uma fraqueza de caráter, baixa auto estima, e etc, vemos que mesmo quem sofre de depressão consegue pensar positivo em certos momentos.

O filme tem narrativa surpreendente que deixa reflexões valiosas porque conseguiu tatear um sentimento sem nome e uma sensação intraduzível. 


"Continuo vendo todos a minha volta, mas é como se não pertencesse mais lá. Não importa o quanto seja longa a jornada ou quão profunda a descida. No fim, só é preciso um ultimo passo. Entre eu e a loucura. Entre a dor e o nada. Um único e pequeno passo. O que lembro é uma sensação de que a realidade é fina. Estou tentando lembrar quem eu era..."





O filme nos desorienta, nos aproxima deste universo isento de conforto, é como se fôssemos parte de cada sensação cortante da protagonista. Ótima atuação, humana e sensível. Asima de tudo, um filme honesto sobre a doença, visto que o roteiro e direção também expõe o lado daqueles que estão em volta dos depressivos - tanto os que incompreendem e não sabem muito bem lidar com a situação, como aqueles que tentam amparar. Um filme comovente que agride e faz refletir.






sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

O som é o mesmo mas a recepção é diferente


Pessoas diferentes ás vezes ouvem os mesmos sons de maneiras completamente diferentes. Mesmo as menores diferenças na nossa estrutura de crânio individual ou densidade óssea pode alterar a forma como o nosso cérebro recebe e processa ondas sonoras, alterando a frequência com que os nossos ossos vibram á medida que ouvimos sons. Isso também pode afetar nossa capacidade de entender e processar a linguagem, e descobriu-se que as estruturas da orelha interna também podem afetar a agilidade.Quando um som chega ás estruturas no nosso ouvido interno, ele é refletido para fora do ouvido e dos ossos da cabeça. Diferenças ósseas e o formato do crânio também podem mudar as vibrações sonoras que nos faz gostar ou não de algum som específico. Em termos de gênero, o que se sabe é que os crânios femininos tendem a vibrar mais rapidamente do que os masculinos - essa diferença pode varias de 35 a 65 Hz.

De estilo Bossa Nova, com João Gilberto - "O Pato" a Metallica com "Figth FireWith Fire" uns deliram, outros sentem arrepios. Para alguns a música é um alívio, para outros um peso. A razão pela qual há tal  diferença  na forma como ouvimos música não é apenas diferença de gostos, é porque a forma como estamos realmente ouvindo os sons é interpretada de forma diferente.

Ao que tudo indica, essa diferença nas maneiras como as pessoas escutam sons tem a ver também como o formato do crânio e, inclusive, com variações na estrutura óssea de cada um. Apenas essa distinção já é algo capaz de fazer com que duas pessoas percebam de forma diferente o mesmo som. 

Não é somente gosto e estilo musical, é também anatomia! Claro, que além das óbvias influências sociais e culturais sobre a nossa preferência musical. 

Já a ressonância do crânio de uma pessoa poderia ter um impacto sutil sobre a forma como ela ouve diferentes chaves de música, e o quanto ela gosta. Tudo começa com a cóclea. Localizada no interior da orelha interna, a cóclea é um líquido, caracol em forma de estrutura que serve como órgão auditivo. Quando as ondas sonoras entram na orelha, elas atravessa o canal auditivo externo, ou "canal auditivo externo", e atingem o tímpano, o que faz com que o tímpano e vários pequenos ossos em dele vibrem. Essas vibrações são capturadas por pequenos pêlos dentro da cóclea que traduzem essas vibrações em impulsos elétricos. Os impulsos elétricos são então levados ao cérebro por nervos sensoriais: Ou seja, você ouve um som com um tom particular, timbre e ressonância que você interpretar como agradável ou medonho. A própria cóclea está embutida profundamente dentro do osso temporal do crânio. Este osso extremamente denso define o tom para a forma como o crânio ressoa som e influencia como os sons são amplificados, diminuídos e finalmente ouvido.

Não é de hoje, mas sabemos que a música nos proporciona prazer. Ao ouvir uma música o cérebro libera dopamina permitindo viver  momento de emoção, alegria, excitação... E também sabemos que o estilo musical diz algo sobre a nossa personalidade, uma vez que está sistematizado com as informações culturais interligadas ao nosso cérebro.


Alguns estilos musicais de acordo com a personalidade:



* Rock, Heavy Metal: Pessoas criativas, dedicadas, com auto-estima mais elevada.

* Música Pop: Pessoas extrovertidas, educadas e ativas, mas não tão criativas.

*MPB/Bossa Nova: Pessoas mais sensíveis, inteligentes e sofisticadas.

*Rap: Pessoas sociáveis, comunicativas, seguras de si e sabem defender seu ponto de vista.

*Música Clássica: Pessoas criativas, sofisticadas, valorizam o silêncio  e a própria companhia.

*Música Eletrônica: Pessoas dinâmicas, mais agitadas, geralmente tendem a gostar mais do estilo pessoas ligadas a trabalho com tecnologia, computadores, redes...

*Reggae: Pessoas tranquilas, otimistas, criativas, menos irritadas, costumam ter bons corações.

* Jazz, Blues, Soul: Pessoas sociáveis, ativas, seguras e intensas.

*A pesquisa foi realizada com mais de 36 mil pessoas de diversas faixa etária de mais de 40 países, pela Universidade de Edimburgo Adrian North.

Também existe pessoas que não gostam de músicas. A junção de sons musicais simplesmente não agrada aos ouvidos, essas pessoas são capazes de ter prazer em outras atividades e que o cérebro consiga processar os sons sem qualquer problema, mas não sentem prazer em ouvir música, essa incapacidade é chamada de "anedonia musical específica". Através de testes, tarefas e medições do ritmo cardíaco, por exemplo, os pesquisadores puderam determinar se os circuitos de uma pessoa está tendo relações com a "sensação de recompensa", entregue pelas faixas musicais. Ainda que alguns indivíduos não sentem esse prazer podem ser a chave para entender outros estudos como pertubações afetivas, mas isso já é um outro assunto.  O importante é que haja um rodízio de sons afim de agradar e proporcionar prazer a todos que estão no ambiente ouvindo música.

Não importa o estilo, o legal é você sentir prazer, sentir-se bem consigo e com o mundo ao ouvir uma música. 

A música é o bálsamo dos ouvidos
 e eles sabem dançar!


Tem um QUIZ, para brincar no vaga-lume

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Educação Ambiental
O cuidado com as Abelhas

As abelhas tem funções muito além de apenas produzir mel. poucas pessoas sabem, mas pelo menos 65% dos nossos alimentos vegetais dependem - direta ou indiretamente - das abelhas para se reproduzir. Encarregada da polinização de mais de 120 mil tipos de plantas floríferas no planeta, as abelhas são parte essencial no processo de produção de alimentos vegetais. Se não fosse pelas abelhas, muitas plantas não resistiriam, uma vez que a polinização industrial ainda não é uma realidade tão avançada. Sem abelhas, você castra as plantas e elas deixam de existir também, o que é um péssimo negócio. Esses insetos promovem o seu maior impacto na biodiversidade e na produção dos alimentos: 35% das lavouras e 94% das plantas silvestres dependem dessa atividade.

As reclamações sobre o declínio do número de abelhas em centro de criações apicultoras, espaços naturais e até mesmo em plantações, cresce  cada vez mais desde 2006. Dados apontam que, de 2012 1 2013, 31% das abelhas nos EUA desapareceram. O físico Albert Einstein disse que: "Se as abelhas desaparecessem, a humanidade seguiria o mesmo rumo em um período de 4 anos". Isaac Newton, também concordou.

Apicultores gaúchos e catarinenses relatam desaparecimento de abelhas em níveis inéditos. Alguns produtores registram altas perdas na produção de mel. Pesquisador diz que uma das causas do fenômeno pode ser a influência de lavouras transgênicas.

A disseminação do uso de pesticidas, enfraquecem as colônias, e a ação de parasitas, como o ácaro, que ataca o organismo do inseto e afeta o sistema respiratório. Entretanto, há consenso entre os estudiosos da área de que não existe apenas uma razão (ou duas), e sim um somatório que acabou por construir um cenário cruel para os insetos. As abelhas estão perdendo seu habitat quando florestas e jardins dão lugar a construções ou mesmo a plantações de uma única cultura - a espécie necessita de alimentação variada para sobreviver.

No Brasil, não há estudos aprofundados sobre o impacto dos transgênicos no ecossistema. Outra possível causa seria o aquecimento global. O sistema de orientação das abelhas funciona por meio dos olhos. As abelhas dependem da luz solar para encontrar o caminho de volta para as colmeias. O aumento da incidência de raios ultravioletas poderia, assim, ser uma das causas do desaparecimento  - e até mesmo o sinal dos celulares.

Apicultores indicam que as abelhas espontaneamente abandona suas colmeias, desprezando suas larvas e deixando tudo para trás, em debanda. Relatos de partidas como essa foram registrados ao redor do mundo, em pelo menos três continentes. Como sabemos, a causa não é certa, a suspeita baseia-se apenas em pontos genéricos, sem ligação direta, como poluição, urbanizações de pontos naturais, que funcionam como repelente nas abelhas.

Apesar de serem relatos e dados que assustam, a preocupação ainda não está em nível crítico. O assunto ainda não é um apocalipse animal, já que existem muitas espécies de abelha em todo o mundo. De qualquer forma o declínio afeta diretamente o setor alimentício, o que já é motivo suficiente para incomodar.

O que atrai a abelha?
O néctar e o pólen das flores. O néctar é rico em açúcares que são utilizados como alimento pelas abelhas. É sua fonte de energia. O pólen das flores serve para seu suprimento de proteínas e gorduras de que necessita. As abelhas enxergam cores e são atraídas por flores de cor azul, rosa, púrpura, amarela, branca e violeta.


Parafraseando Mário Quintana: "O segredo não é correr atrás das 'Abelhas' é cuidar do jardim". Por isso, é muito importante pensar nas flores para paisagismo urbano, áreas de jardins particulares, parques, hortas de escolas, propiciando assim diversos lugares espalhados pela cidade que fornecerão alimento para os insetos.

As picadas dolorosas e o zunido insistente no ouvido fazem com que, geralmente, as abelhas não sejam lembradas de maneira amistosa e isso não é nada, perto do trabalho que executa para garantir a existência e grande parte dos alimentos que chegam á nossa mesa.

As abelhas trabalham duro para alimentar suas crias, organizam-se em colônias e até se preocupam com a higiene e a segurança de suas casas. É fácil identificarmos com ela! 


Curiosidades:

As abelhas possuem cinco olhos: dois maiores na frente e três menores no topo da cabeça. Possuem antenas sensíveis, dois pares de asas e uma língua para sugar o néctar das flores.
Uma colmeia de tamanho médio pode abrigar até 60 mil abelhas.
As abelhas produzem o mel dentro da colmeia para servir de alimento. A geleia real também é produzida e serve de alimento para a abelha rainha.

Uma abelha pode produzir, em média, cinco gramas de mel por dia.