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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017


Globalização, para quem?

A globalização fecha os olhos para a miséria. Está dormindo no sono profundo e parece não querer acordar! O capitalismo prega o consumismo e o egoísmo, assim gera mais fome, e todos tem que usar uma determinada "marca" para ter status na sociedade.

Uma das principais consequências desse processo são as desigualdades entre os países, visto que as diferenças vêm crescendo de forma significativa. Há uma grande disparidade econômica, tecnológica e social entre os países do planeta, ao longo do tempo o processo de globalização tem contribuído de maneira direta para o aumento em massa da pobreza. Outro problema é o aumento acelerado do índice de desemprego em todo o  undo, resultados dos avanços tecnológicos que tiram inúmeros postos de trabalho.

Globalização: Aldeia global. Século XX o fenômeno que criou pontos em comum na vertente econômica, social, cultural e política, que consequentemente tornou o mundo interligado. Muita das culturas são excluídas, para ser aplicado esse modelo pós-moderno que podemos chamamos de imperialismo norte americano. Mas isso, não é muito diferente do que sempre foi.

Hoje a humanidade é administrada por um emaranhado que obedece a não mais do que quatro ou cinco corporações. E mesmo estas, têm ramificações entre si. Nos ensinam como amar, divertir, o que e como devemos ler, que esporte praticar, o que comer, impõem até o padrão de beleza que devemos ter, enfim. É uma ditadura que nos faz crer que somos livres e independentes quando na verdade estamos subjugados

Quanto ao aspecto cultural os brasileiros podem ter acesso ao que ocorre no mundo das artes, cinema, música, etc. Através da internet, rádio, TV, podem ficar conectados ao mundo cultural internacional. Conhecimentos científicos, artísticos e tecnológicos chegam ao Brasil e tornam nossa cultura mais dinâmica e completa. Por outro lado, a cultura brasileira sofre essa influência musical e comportamental maciça, principalmente originária dos Estados Unidos. As músicas, os seriados, os filmes da indústria cultural norte americana vão espalhando comportamentos e gostos que acabam diminuindo principalmente entre os jovens, o interesse pela cultura brasileira.

É uma ditadura que nos faz crer que somos livres e independentes quando na verdade estamos subjugados. Transforma-nos em seres insensíveis, sem preocupação com o próximo, elimina do vocabulário a palavra solidariedade, nos torna impassíveis diante da fome, da miséria e das epidemias que matam seres humanos como se fossem insetos.

Diante do conforto e facilidades que desfrutamos, fica claro que esse processo é irreversível, uma vez que o homem não vai regredir. Mas, o modelo de globalização que vigora tem desencadeado resultados trágicos para a  maioria da população mundial.

Nos países ricos, a taxa de mortalidade é de 6 por mil nascidos vivos, enquanto para os pobres, a proporção é de 100 por mil nascidos vivos.  As diferenças no acesso aos serviços de saúde também aparecem como evidência de tais disparidades.  Estes dados são só uma amostra da maneira como a globalização tem empobrecido determinados países, gerando sua exclusão e a desigualdade econômica e social a nível mundial, deixam claro quem são os que recebem os grandes benefícios da globalização e os que padecem de seus impactos negativos.



Outra consequência da globalização está no impacto que esta exerce sobre os sistemas de saúde através de reformas setoriais basicamente orientadas para o mercado.  Isto resulta em maior desigualdade na saúde, já que ao incentivar tais reformas a atenção médica individualizada e submetida ao afã do lucro, não deixa espaço para o exercício da saúde coletiva ou outras alternativas. 

A globalização pode ser boa ou ruim, positiva ou negativa, vai depender da forma que cada individuo analisar a sua influência na sociedade. Afinal a quem a globalização beneficia? A globalização beneficia sobretudo o grande capital este é o grande problema. 

"O trabalhador só tem emprego se o capital 
considerar que haverá mercado para vender mercadorias. Só haverá mercado se houver consumidores. As pessoas só poderão ser consumidores se tiverem renda. Só terão renda se tiverem emprego. Só terão emprego se o capital achar que terá lucro. O trabalhador só pode trabalhar se com isso conseguir satisfazer aos critérios parasitários da sobrevivência do capital. Só há trabalho onde há oportunidade de lucratividade para o capital. Só há oferta de emprego quando há possibilidade de extrair mais valia e acumular capital. Se a perspectiva do mercado não é favorável, o trabalhador continua desempregado, as máquinas continuam paradas, as carências sociais continuam sem resolução". Este é o impacto do capitalismo em relação a questão do desemprego, de acordo com a ótica de Mazurzky, 2004.

O tema é bem mais complexo. Há tempos o desemprego deixou de ser um problema econômico para se tornar um dos mais graves problemas políticos sociais. Tudo virou competição e ninguém tem mais tranquilidade em seus empregos, não se tem certeza de mais nada, quem está empregado hoje, amanhã pode não estar.

 Á medida que os softwares vão ficando mais inteligentes para fazer trabalhos mais difíceis menos se precisa do homem no trabalho. Gerando desemprego, não só estrutural, com o tempo o mundo vai entrar em completo colapso. O capitalismo proporcionou essa sociedade baseada no consumo e no individualismo extremo, uma hora isso tudo acaba, porque não haverá recursos suficientes para tanta ganância humana.

Isso não é populismo de esquerda, isso é uma preocupação nacionalista de quem não está nem aqui, nem lá... Mas está atenta aos anseios dos menos favorecidos, daqueles que estão desempregados, dos pobres, dos idosos, das crianças, daqueles que ainda estão por vir... A lógica da globalização é um tanto perversa e impõe uma ordem "simbólica" de exterminação dos excluídos. Consumismo não é sinônimo de liberdade e felicidade e sim de escravidão.



Miséria é  miséria em qualquer canto. Riquezas são misérias. (Titãs). 





segunda-feira, 23 de janeiro de 2017


Cinco sentidos
Olfato 



O seu principal órgão é o nariz. Embora possuímos o olfato menos desenvolvidos, se comparados com outros mamíferos,  nosso sentido pode ser mais aguçado do que pensamos. Por exemplo, quando estamos degustando de algum alimento, não estamos necessariamente sentindo o paladar apenas através da língua, estamos estimulando as células olfativas para identificação de cada gosto.
Em relação ao paladar, as moléculas aromáticas liberadas pelos alimentos que ingerimos atingem as células olfatórias, fazendo com que o gosto dos alimentos sejam uma combinação entre  sabores e aromas. Um aroma de um alimento aprazível, além de estimular as células olfatórias, estimula também o paladar liberando uma maior quantidade de saliva. 80% do gosto de um alimento vem do olfato. É por isso que temos dificuldade para sentir gosto quando estamos gripados.

O Olfato também possui uma capacidade adaptativa (quando somos expostos a odores fortes) no primeiro minuto sentimos a diferença, mas depois a sensação já se tornou imperceptível. Quando uma criança nasce, o primeiro sentido que ela desenvolve é o olfato, o bebê reconhece a mãe pelo cheiro. E ao longo de sua vida vai desenvolvendo células olfativas, o ser humano possui cerca de 25 milhões destas células. O mais incrível de todas as curiosidades do sentido OLFATO é que um nariz humano tem  capacidade para sentir até 1 trilhão de cheiros diferentes.


 Uma pesquisa comprovou que o nariz humano pode distinguir mais de um trilhão de combinações diferentes de cheiros - muitos mais do que os pesquisadores pensavam. Esse foi o resultado de um estudo nos Estados Unidos, liderado pelo cientista Andreas Keller.

Ele testou a capacidade dos voluntários selecionados para distinguir entre várias misturas complexas de aromas. Com base na sensibilidade dos narizes e cérebros dessas pessoas, a equipe calculou que o olfato humano pode detectar mais de um trilhão de misturas. O número até então geralmente aceito no meio científico era de apenas 10 mil.
Na verdade, até mesmo um trilhão pode ser um total subestimado. A mensagem que oferecemos com esse estudo é de que temos mais sensibilidade em nosso sentido do cheiro do pensamos. Nós simplesmente não prestamos atenção a nosso olfato, e não o usamos devidamente no dia a dia. A qualidade de um cheiro tem múltiplas dimensões, pois os odores que encontramos são compostos de misturas complexas de moléculas, completou o cientista.

Por exemplo, o cheiro característico da rosa tem 275 componentes, mas apenas uma pequena percentagem deles é percebida. Isso faz com que o olfato seja muito mais difícil de se estudar do que a visão e a audição, que nos obrigam a detectar variações em uma única dimensão - explicou o cientista. Para efeito de comparação, os pesquisadores estimam que o número de cores que podem ser distinguidas pelo homem varia entre 2,3 e 7,5 milhões; e os tons audíveis chegam a até 340 mil.

Os resultados, publicados na revista científica “Science”, mostraram que, em média, os voluntários conseguiram diferenciar as misturas que continham até 51% dos mesmos componentes. Quando o percentual era maior, menos pessoas conseguiram fazer a diferenciação. Ao analisar os dados, os pesquisadores puderam calcular o número total de misturas distintas que podemos identificar. É quase certo que a estimativa de 1 trilhão de odores é muito baixa, dizem os pesquisadores, porque há muito mais moléculas no mundo real que podem ser misturados de muitas outras maneiras.

A mulher possui mais sensibilidade de olfato do que o homem. Algo que talvez deve ter sido útil, ao longo dos séculos, para evitar que as crianças comessem comida estragada. Ao testarem as regiões cerebrais, os estudiosos perceberam que essas eram mais ativada no  nas mulheres do que nos homens. A explicação é que as mulheres têm uma maior quantidade de células no bulbo olfatório, região cerebral ligada à detecção de cheiros, em ralação aos homens. Essas células quando sentem um aroma conectam-se aos neurônios do bulbo  olfatório que, por sua vez, acionam células cerebrais relacionadas à memória e interpretação consciente.  Segundo o estudo, o cérebro feminino tem de 40% a 50% mais células na região. do bulbo, essa porcentagem significa 6 milhões de células de diferença entre os sexos, o que pode justificar a diferença de desempenho nessa área do cérebro.

Tudo indica que essas diferenças são inatas, isso é, própria de cada sexo e não de aspectos culturais ou sociais. A perda de olfato pode ser uma pista no diagnostico precoce de doenças como o mal de Parkinson ou doença de Alzheimer. Também serve para identificar o grau de doença como depressão severa.

O olfato também está relacionado à sexualidade. Diversos estudos sugerem que um papel central é desempenhado pelo olfato no que tange a manifestação da sexualidade, existindo vertentes de pesquisas que apontam para a participação de certos tipos de feromônios exalados por machos no despertar da libido e na promoção ou não da ovulação.
De fato a maior parte dos fatores que determinam o comportamento sexual é oriunda de percepções inconscientes, resultantes de complexas interações entre as vias sensoriais olfatórias.

Podemos refletir a relação cheiro e emoção, já que o cheiro sempre nos remete à emoção. Basta sentir o cheiro de café, que logo vem uma explosão de sentimentos (memória) que nos remete alguma emoção.

Mas afinal, será que mais é menos? Há relação superior entre neurônios femininos e masculinos? Ainda não sabemos. Mas sabemos que o olfato é a forma mais rápida de sentir pois ele é o instinto da mente.