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sábado, 18 de novembro de 2017

Resenha do livro 
A CASA DAS SETE TORRES
HAWTHORNE, Nathaniel

Poesia pura para retratar uma história de agouro, por assim dizer. Foi a primeira obra de Nathaniel Hawthorne que li, confesso, apaixonei! Com certeza será a primeira de muitas outras. Quanta peculiaridade! Uma definição para o livro: Fantástico.
Hawthorne usa todo seu talento para nos mostrar os contrapontos de muitos sentimentos, o bem e o mal, o poder sobre o mais fraco, a perseverança e o desalento, a melancolia e a felicidade, desprendimento,  ganancia e a superação.
O livro nos conta a história da família Pyncheon. Que a partir do seu primeiro representante, o Coronel Pyncheon, carrega um fardo - por quase 200 anos - como resultado desonesto pela qual foi adquirido o terreno onde foi construída a casa das sete torres. Nessa casa vemos passar todas as desventuras de uma família aristocrata através de várias gerações. Desde de sua fundação, pelo Coronel Pyncheon, suas paredes são marcadas por uma maldição lançada pelo  verdadeiro dono do terreno , Matheu Maule, onde a casa seria construída. Pyncheon, com sua ganancia, usa seu poder e consegue uma forma de acusar Maule de um crime, conseguindo assim sua condenação à morte.

A mansão construída há séculos atrás em Massachusetts por um homem rico, poderoso e influente que desejava muito o terreno onde  um senhor humilde morava, e para conseguir esse terreno, ele acusou o proprietário de bruxaria, que na época era motivo para enforcamento. Antes de morrer Maule proferiu uma maldição contra toda a linhagem dos Pyncheon.

Por ter dedurado um "bruxo" o senhor Pyncheon herdou o terreno e construiu a mansão de sete torres com toda a pompa que a época poderia proporcionar, mas no dia da inauguração da casa, em meio à festa onde estava presente toda a alta sociedade, o senhor Pyncheon é encontrado morto em seu gabinete e a casa apesar de bela, ficou conhecida como amaldiçoada pelos moradores da região.

Desde então os Pyncheon passaram por vários acontecimentos horríveis e a casa foi ficando cada vez mais mal vista e a família cada vez mais mal querida, fazendo valer a fama de amaldiçoada. A narrativa desse belo exemplar de literatura nos remete a repensar nossos princípios e nossos preconceitos, todos os verdadeiros valores que nos são ensinados parecem ganhar ênfase e a falsa moral se expõe como uma arma letal capaz de corromper totalmente até o caráter mais puro e intacto, com suas ideologias infundadas e acumuladas por séculos de sistema ditatorial.


Essa perpetuação dos bons costumes hipócritas muitas vezes veementemente defendidos por uma grande parcela dos opressores a fim de reduzir o livre pensamento entre as grandes massas, parece nunca cessar. Essa história poderia com certeza ser ambientada nos dias atuais onde a aristocracia falida tenta iludir remanescentes damas e cavalheiros de que não devem abrir mãos de suas formações e que deve a todo custo perpetuar a opressão e o espírito de submissão entre fortes e fracos.


É uma história que trata de sentimentos profundos, que trata de conflitos pessoais, uma obra para ler e refletir. Carregada também de muito mistério. 
Não recomendo para todos, mais quem quiser se aventurar numa história forte, com sentimentos diversos e realista, eu recomendo.


terça-feira, 14 de novembro de 2017


15 de Novembro a comemoração do retrocesso!

As instâncias superiores da massa de manobra, voraz e capitalista que rege nossa sociedade, está cada vez mais propícia a esforçar-se para exaurir a dignidade do povo brasileiro. Por meio de pressão midiática e força estupenda de esbanjamento de falso poder, enfrentamos a pior fase da vergonhosa redação histórica da Pátria Amada. Somos trabalhadores que desejamos garantir o pão nosso de cada dia, através do nosso suor e amparados pelos direitos, por nós conquistado. Somos vítimas de ratos de porão, sacristia, púlpitos e palanques. Ratos exploradores, roedores de CLT.

Gente, o mundo anda chato! Intolerante.

Como dizia o poeta Renato Russo: “O mundo anda tão complicado...”

A elite é intolerante com o seu próprio povo, querem exaurir com todas as forças democráticas, querem assassinar nossa esperança, como estudante de teologia, usarei um termo do cristianismo para ilustrar: “Se a direita ressuscitar o país será crucificado”.

A pós-modernidade (Como sugeriu o sociólogo polonês Zygmunt Bauman) está a todo vapor para “pós modernizar” o Brasil aos tempos da escravidão, ops... Seria modernização ao período escravocrata.

A banda musical “Titãs” tem uma canção que o refrão diz assim: “Porrada nos caras que não fazem nada”, para a elite brasileira seria ao contrário a canção: “Porrada para os pobres brasileiros, sem vergonha e sem dinheiro, que não fazem nada!”

De que lado você está?

128 após a perda de prestígio á monarquia a elite suga os refratários da Constituição para retomar o seu glamour, meu povo, a elite odeia mais o Brasil do que os próprios estrangeiros.

Ocorreu dia 15 de novembro de 1889 no Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, na praça da Aclamação (hoje Praça da República) A Proclamação da República que instaurou o regime republicano no país, derrubando a Monarquia, quando um grupo de militares do Exército brasileiro, liderados pelo comandante Marechal Deodoro da Fonseca, deu um golpe de estado e depôs o imperador D. Pedro II. Institui-se então a República 
Após 67 anos, a monarquia chegava ao fim. No dia 18 de novembro, D. Pedro II e a família imperial partiam rumo à Europa. Tinha início a República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo provisoriamente o posto de “Presidente do Brasil”. A partir de então, o país seria governado por um presidente escolhido pelo povo através das eleições. Foi um grande avanço rumo a consolidação da democracia no Brasil. O que foi que mudou de lá para cá? O que comemorar?

Seria a estupidez humana?

Se a população não se entusiasmou com o 15 de novembro, é porque a mudança proposta, de um imperador para um presidente eleito, não alterava em nada a sua situação de exploração. Qualquer semelhança é mera coincidência. 
A burguesia brasileira se contenta com o triste papel de capitão-do-mato do imperialismo, seja britânico ou norte-americano, oferecendo as riquezas nacionais às companhias estrangeiras em troca de quase nada. Ela se contenta com a exploração dos trabalhadores brasileiros, com a ostentação, a arrogância, a ignorância. Por todos esses motivos, a condição para o desenvolvimento do país e o fortalecimento de uma república forte, democrática e soberana é a liquidação da burguesia brasileira enquanto classe.

A bem da verdade é que, por causa de uma mentira e uma dor de cotovelo que nasceu a República do Brasil e o irresponsável Deodoro derrubou o regime, desrespeitou a Constituição e fechou o congresso. Pelo erro de Deodoro vemos os absurdos da república de hoje!

Pouco se restou dos nossos deputados federais e estaduais, além da falácia de que “a gente trabalha pelo povo brasileiro”.

A casa entrou num estágio tão ridículo que a maioria dos jovens do nosso país já não sabe para que servem os nossos congressistas.

A grave crise política e econômica que assola o país não causa apenas o descrédito e o desemprego. Atinge sobretudo o ânimo dos brasileiros e é a grande causa da desesperança que afeta a nação. 

A valorização da produção de conhecimento é fundamental para a recuperação da autoestima do brasileiro. 

À frente de um governo ilegítimo, com oito ministros investigados por corrupção, e que conduz uma agenda contestada por 92% dos brasileiros, que veem o País no rumo errado, Michel Temer fez com que disparasse a vergonha de ser brasileiro.

É vergonhoso ver como o Brasil se tornou o país da conveniência. 

Coerência faz bem ao país. Ninguém aqui está defendendo ideias e pensamentos únicos. Muito pelo contrário. O contraditório é fundamental para o debate e o fortalecimento da democracia. O que não dá para suportar é ver a conveniência sendo usada de acordo com os interesses pessoais ou para reforçar posições políticas. Isso não é honesto. É vergonhoso.