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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017


Cinco sentidos
Olfato 



O seu principal órgão é o nariz. Embora possuímos o olfato menos desenvolvidos, se comparados com outros mamíferos,  nosso sentido pode ser mais aguçado do que pensamos. Por exemplo, quando estamos degustando de algum alimento, não estamos necessariamente sentindo o paladar apenas através da língua, estamos estimulando as células olfativas para identificação de cada gosto.
Em relação ao paladar, as moléculas aromáticas liberadas pelos alimentos que ingerimos atingem as células olfatórias, fazendo com que o gosto dos alimentos sejam uma combinação entre  sabores e aromas. Um aroma de um alimento aprazível, além de estimular as células olfatórias, estimula também o paladar liberando uma maior quantidade de saliva. 80% do gosto de um alimento vem do olfato. É por isso que temos dificuldade para sentir gosto quando estamos gripados.

O Olfato também possui uma capacidade adaptativa (quando somos expostos a odores fortes) no primeiro minuto sentimos a diferença, mas depois a sensação já se tornou imperceptível. Quando uma criança nasce, o primeiro sentido que ela desenvolve é o olfato, o bebê reconhece a mãe pelo cheiro. E ao longo de sua vida vai desenvolvendo células olfativas, o ser humano possui cerca de 25 milhões destas células. O mais incrível de todas as curiosidades do sentido OLFATO é que um nariz humano tem  capacidade para sentir até 1 trilhão de cheiros diferentes.


 Uma pesquisa comprovou que o nariz humano pode distinguir mais de um trilhão de combinações diferentes de cheiros - muitos mais do que os pesquisadores pensavam. Esse foi o resultado de um estudo nos Estados Unidos, liderado pelo cientista Andreas Keller.

Ele testou a capacidade dos voluntários selecionados para distinguir entre várias misturas complexas de aromas. Com base na sensibilidade dos narizes e cérebros dessas pessoas, a equipe calculou que o olfato humano pode detectar mais de um trilhão de misturas. O número até então geralmente aceito no meio científico era de apenas 10 mil.
Na verdade, até mesmo um trilhão pode ser um total subestimado. A mensagem que oferecemos com esse estudo é de que temos mais sensibilidade em nosso sentido do cheiro do pensamos. Nós simplesmente não prestamos atenção a nosso olfato, e não o usamos devidamente no dia a dia. A qualidade de um cheiro tem múltiplas dimensões, pois os odores que encontramos são compostos de misturas complexas de moléculas, completou o cientista.

Por exemplo, o cheiro característico da rosa tem 275 componentes, mas apenas uma pequena percentagem deles é percebida. Isso faz com que o olfato seja muito mais difícil de se estudar do que a visão e a audição, que nos obrigam a detectar variações em uma única dimensão - explicou o cientista. Para efeito de comparação, os pesquisadores estimam que o número de cores que podem ser distinguidas pelo homem varia entre 2,3 e 7,5 milhões; e os tons audíveis chegam a até 340 mil.

Os resultados, publicados na revista científica “Science”, mostraram que, em média, os voluntários conseguiram diferenciar as misturas que continham até 51% dos mesmos componentes. Quando o percentual era maior, menos pessoas conseguiram fazer a diferenciação. Ao analisar os dados, os pesquisadores puderam calcular o número total de misturas distintas que podemos identificar. É quase certo que a estimativa de 1 trilhão de odores é muito baixa, dizem os pesquisadores, porque há muito mais moléculas no mundo real que podem ser misturados de muitas outras maneiras.

A mulher possui mais sensibilidade de olfato do que o homem. Algo que talvez deve ter sido útil, ao longo dos séculos, para evitar que as crianças comessem comida estragada. Ao testarem as regiões cerebrais, os estudiosos perceberam que essas eram mais ativada no  nas mulheres do que nos homens. A explicação é que as mulheres têm uma maior quantidade de células no bulbo olfatório, região cerebral ligada à detecção de cheiros, em ralação aos homens. Essas células quando sentem um aroma conectam-se aos neurônios do bulbo  olfatório que, por sua vez, acionam células cerebrais relacionadas à memória e interpretação consciente.  Segundo o estudo, o cérebro feminino tem de 40% a 50% mais células na região. do bulbo, essa porcentagem significa 6 milhões de células de diferença entre os sexos, o que pode justificar a diferença de desempenho nessa área do cérebro.

Tudo indica que essas diferenças são inatas, isso é, própria de cada sexo e não de aspectos culturais ou sociais. A perda de olfato pode ser uma pista no diagnostico precoce de doenças como o mal de Parkinson ou doença de Alzheimer. Também serve para identificar o grau de doença como depressão severa.

O olfato também está relacionado à sexualidade. Diversos estudos sugerem que um papel central é desempenhado pelo olfato no que tange a manifestação da sexualidade, existindo vertentes de pesquisas que apontam para a participação de certos tipos de feromônios exalados por machos no despertar da libido e na promoção ou não da ovulação.
De fato a maior parte dos fatores que determinam o comportamento sexual é oriunda de percepções inconscientes, resultantes de complexas interações entre as vias sensoriais olfatórias.

Podemos refletir a relação cheiro e emoção, já que o cheiro sempre nos remete à emoção. Basta sentir o cheiro de café, que logo vem uma explosão de sentimentos (memória) que nos remete alguma emoção.

Mas afinal, será que mais é menos? Há relação superior entre neurônios femininos e masculinos? Ainda não sabemos. Mas sabemos que o olfato é a forma mais rápida de sentir pois ele é o instinto da mente. 










Um comentário:

  1. Não me canso de admirar a beleza dos mecanismos desenvolvidos pela natureza, através da evolução. Poesia natural! Parabéns, pelo brilhante e informativo artigo.

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