Visitantes

quarta-feira, 23 de novembro de 2016


Surrectus


Buuuuu! Aiiiiii que sustooooooo!

SUSTO, a palavra vem do latim,  surctus, alteração de surrectus "surgido, levantado subitamente".

Psiquicamente podem surgir diversas sensações, a depender da situação em que ocorreu o susto. Geralmente surge um medo seguido de raiva, ansiedade ou vontade de chorar, mas podem surgir, após o susto inicial, prazer e vontade de rir. Tem gente que até busca um bom susto, premeditadamente, como assistir filme de suspense ou algumas atrações de parques de diversões.

Para nos ajudar a reagir ao susto, o cérebro ordena às glândulas supra-renais que liberem adrenalina, hormônio que tem a função de preparar o organismo para o perigo, na corrente sanguínea.
A descarga de adrenalina provoca uma série de efeitos. O primeiro deles é a aceleração dos batimentos cardíacos e a elevação da pressão arterial. O ritmo frenético aumenta o fluxo sanguíneo nos músculos, deixando-os mais aptos para enfrentar a situação. 

"O susto é um vento biológico intenso e hiperagudo. O cérebro percebe algo inesperado que exige uma conduta imediata de colocar o corpo em um estado de luta ou fuga. Para tal participam regiões cerebrais profundas relacionadas ao sistema límbico (emoções), além de hormônios que circulam pelo sangue, entre eles a famosa adrenalina", explica Leandro Teles, médico neurologista.

O intuito do susto é, biologicamente preparar o corpo humano a reagir contra a ameaça, mesmo quando ela de fato não existe. Em alguns casos o susto pode causar parada cardíaca e levar a morte, principalmente quando a pessoa leva susto a ponto de sentir tremedeira, dilatação da pupila e/ou dores corporais.

A Espectrofobia é o medo anormal de coisas irreais. Aquele medo de monstros, filmes de terror, boneca Anabele entre outros... Quando uma pessoa sofre de espectrofobia, geralmente têm medo de escuro, pois a espectrofobia para algumas pessoas, age no escuro, quando não se pode ver o que está em sua volta. 

Dependendo da intensidade do que foi vivido, a pessoa pode desenvolver estresse pós-traumático, uma condição que vai se manifestar geralmente como ansiedade, maior sensibilidade ou até depressão.








Um comentário:

  1. Muito provavelmente, os medos patológicos são respostas inadequadas a situações de perigo não existentes. Ao longo da nossa evolução, o medo do "surgido, levantando subitamente" foi adaptativo, pois aumentava as chances de sobrevivência contra um inimigo, animal feroz, ou desastre natural. Aqueles que reagiam de maneira adequada às situações de perigo (reais ou imaginárias) são nossos ancestrais. Com as profundas transformações ocorridas nas formas de sobrevivência e socialização de nossa espécie, muitas reações se mostram inadequadas, já que o perigo alertado não representa ameaça. A ansiedade seria uma condição vinculada à antecipação de situações de perigo e a depressão a paralisação diante das mesmas possibilidades, novamente frisando, reais ou imaginária - o que, para que vivencia a condição, não é uma diferença evidente. Mais uma vez, parabéns pelas excelentes temáticas e pela maestria com que escreve suas opiniões e nos brinda com textos tão instigantes!

    ResponderExcluir