Modernidade e Pós-Modernidade

Graduados, mestres e doutores na Modernidade

 A modernidade se refere às mudanças ocorridas nos últimos três séculos. Descartes apresenta o método cartesiano, Discurso do método - ápice de sua filosofia, a própria evidência.

Dentro de um momento histórico caracterizado pela antitradição, sai o particularismo e entra o universalismo. Alguns pesquisadores da área estão sempre debatendo quando exatamente começou o período moderno, geralmente este surgimento está associado ao Iluminismo Europeu (século XVIII). O indivíduo passa a ter consciência de si, torna-se mais cidadão e  sujeito.A Modernidade vai se constituindo a partir da pretensão de rejeitar a tradição, submetendo tudo ao exame crítico da razão e à experimentação. No limiar da era moderna, três grandes eventos lhe determinaram o seu caráter: a descoberta da América, com uma nova visão de mundo, a Reforma na Igreja e a invenção do telescópio, que permitiu o desenvolvimento de uma nova ciência. 

O pensamento teológico religioso, foi progressivamente banido.

Max Weber, denominou como "desencantamento do mundo".  

Por isso, há uma tendência para um dinamismo e uma mudança incessante questionando as suas próprias conquistas e buscando continuamente inovações.  

A desordem inicial que o mundo moderno encontrou com o abandono dos principais religiosos que sustentavam costumes e organizações sociais, foi a força motriz para que o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, pudesse defender uma das principais características da modernidade: A busca pela ordem. A busca pelo encantamento do mundo.

No conceito de Pós-Modernidade, Gianni Vattimo, vai propor uma filosofia baseada no enfraquecimento do ser como chave de leitura da pós-modernidade. Sua proposta filosófica é uma resposta à crise das grandes correntes filosóficas dos séculos XIX e XX: A psicanálise, o marxismo e o estruturalismo. 

Enquanto na modernidade se buscava a essência do ser, no pós-moderno as pessoas recebem tudo pronto, com o advento da tecnologia, esqueceram  que pensar é preciso. O pós-moderno chegou com a força da tecnologia - de forma a deixar as pessoas mais presas em suas individualidades. Já no plano econômico, o modelo é chamado capitalismo flexível, no qual o homem se entrega ao presente e ao prazer, ao consumo e ao individualismo. Entre os indivíduos e o mundo estão os meios tecnológicos de comunicação.

A perda da subjetividade padronizou o comportamento das pessoas, todos vivem de  descargas de informações desnecessárias que lhe é introduzida o tempo todo, surge também, uma crescente tendência ao niilismo e com a perda de identidade, a sociedade se torna cada vez mais efêmera e superficial.

Uma total involução da especie humana aliada a um desmoronamento agressivo de ideologias, se a modernidade prometia a felicidade por meio do progresso da ciência ou de uma revolução,  o pós-modernismo parece prometer um vazio existencial,que vem consolidando-se como base para tudo.

Talvez depois desta era pós-moderna, ainda vivamos a experiência da próxima era: Altermodernidade, a invenção de si, como propõe o filósofo, crítico, editor e curador francês Nicolas Bourriaud - Uma representação do próprio ego. Ou quem sabe, o congelamento da era moderna...

Em tempos é de suma importância estabelecer uma matriz filosófica para compreendermos tantas mudanças de paradigmas e sobreviver com a doce subjetividade alheia.