Em apenas
seis minutos como telespectadora de uma determinada emissora de canal aberto,
fiquei pasmada com o excesso de informação, notícias, ofertas, programas
imperdíveis, etc. Haja fôlego, paciência e filtro para tanto.
Temos um movimento de áudio e visual a ser
processado antes que algo se transforme em informação. Muitos cientistas e
estudiosos do funcionamento do cérebro opinaram quanto a possível quantidade de
informação processado por ele. Alguns argumentaram que o número é incógnita e que para isso não devemos quantifica-los,
mas, quantificar a informação cerebral com base no número de conexões neurais.
Ufa, seis
minutos processando conteúdo da tela da TV e uma média de quinze informações,
uma média de duas por minuto. Por algum instante me atendei em fazer uma
simples conta: Se um indivíduo assistir quinze minutos de TV diariamente
durante uma semana, ao final terá cento e cinco minutos em torno de 210
informações. Isso desconsiderando totalmente alguns telespectadores bem “antenados”
que ficam plugados 12 horas (ou mais) direta semanalmente, ou seja, 720 minutos
de créditos, este por sua vez terá 1.440 informações no fim da semana.
Ao ligar o
televisor a primeira notícia é sobre a Presidenta Dilma, traduzindo a matéria:
“Tadinha da Presidenta, vai ter que rebolar, porque o parafuso está bem
apertado e nem chave de fenda, vai afrouxá-lo”. Mas, está tudo bem! Afinal,
compreensão e respeito não faltaram durante a Comissão Especial de Abertura do
Processo de Impeachment, até mesmo porque o Mandato da Dilma Rousseff foi
conquistado na urna. O bom é, que além
de políticos, muito deles são ótimos humoristas e o melhor ainda, a Democracia
desrespeita a Constituição, desejando afastá-la por questão contável.
Agora deve
ser lido no plenário, publicado no Diário Oficial da Câmara... O que traduzindo
quer dizer: “Teremos mais matéria, novidade, informação, sobre o assunto, pelos
próximos dias”.
Depois
notícias sobre a Gripe A, a Caxumba, o casal metralhado, enfim... Atitude
individual e/ou coletiva pautada na miséria, no desrespeito e no sofrimento
alheio.
Até o
comercial sobre a Fórmula 1, é pautado com uma gotinha de terrorismo: “Não
perca! A BRIGA de motores!
São esses
mesmos telespectadores, que depois, vão para rua protestar com s
Momento
insano de muita informação e pouca formação.
E logo em
seguida, não percam a nova novela das 11: “Liberdade, Liberdade”.
Flávia Couto Basso.
Flávia Couto Basso.
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