Visitantes

sábado, 23 de abril de 2016

Seis Minutos com a TV ligada

Em apenas seis minutos como telespectadora de uma determinada emissora de canal aberto, fiquei pasmada com o excesso de informação, notícias, ofertas, programas imperdíveis, etc. Haja fôlego, paciência e filtro para tanto.
 Temos um movimento de áudio e visual a ser processado antes que algo se transforme em informação. Muitos cientistas e estudiosos do funcionamento do cérebro opinaram quanto a possível quantidade de informação processado por ele. Alguns argumentaram que o número é incógnita  e que para isso não devemos quantifica-los, mas, quantificar a informação cerebral com base no número de conexões neurais.
Ufa, seis minutos processando conteúdo da tela da TV e uma média de quinze informações, uma média de duas por minuto. Por algum instante me atendei em fazer uma simples conta: Se um indivíduo assistir quinze minutos de TV diariamente durante uma semana, ao final terá cento e cinco minutos em torno de 210 informações. Isso desconsiderando totalmente alguns telespectadores bem “antenados” que ficam plugados 12 horas (ou mais) direta semanalmente, ou seja, 720 minutos de créditos, este por sua vez terá 1.440 informações no fim da semana.
Ao ligar o televisor a primeira notícia é sobre a Presidenta Dilma, traduzindo a matéria: “Tadinha da Presidenta, vai ter que rebolar, porque o parafuso está bem apertado e nem chave de fenda, vai afrouxá-lo”. Mas, está tudo bem! Afinal, compreensão e respeito não faltaram durante a Comissão Especial de Abertura do Processo de Impeachment, até mesmo porque o Mandato da Dilma Rousseff foi conquistado na urna.  O bom é, que além de políticos, muito deles são ótimos humoristas e o melhor ainda, a Democracia desrespeita a Constituição, desejando afastá-la por questão contável.
Agora deve ser lido no plenário, publicado no Diário Oficial da Câmara... O que traduzindo quer dizer: “Teremos mais matéria, novidade, informação, sobre o assunto, pelos próximos dias”.
Depois notícias sobre a Gripe A, a Caxumba, o casal metralhado, enfim... Atitude individual e/ou coletiva pautada na miséria, no desrespeito e no sofrimento alheio.
Até o comercial sobre a Fórmula 1, é pautado com uma gotinha de terrorismo: “Não perca! A BRIGA de motores!
São esses mesmos telespectadores, que depois, vão para rua protestar com s
impáticos cartazes:  “ O Brasil precisa mudar”.
Momento insano de muita informação e pouca formação.
E logo em seguida, não percam a nova novela das 11: “Liberdade, Liberdade”.
Flávia Couto Basso.


Nenhum comentário:

Postar um comentário